Foi
uma das experiências mais marcantes da minha boa e já meio longa vida.
A
partir de hoje começo a dividir com o amigo leitor um pouco do que vi, do que
vivi e com o que convivi nesta viagem impressionante, gratificante e
regozijante.
* O começo de tudo
Uma viagem deste porte não se faz de um dia para outro.
Não é só subir na moto e
sair estrada à fora. É importante e necessário que se faça um planejamento e
uma preparação minimamente “organizada” para que se possa viajar com
tranquilidade e segurança e para que se possa aproveitar bem a viagem em si,
além de se estar preparado para os perrengues que por ventura surjam (e
surgirão), minimizando os efeitos dos incômodos quando ocorrerem.
No
ano de 2023 o amigo motociclista Laércio “Tchy” Toillier, também aqui do Vale,
fez esta mesma viagem. Com suas histórias e relatos da aventura lançou a
sementinha...
Claro que uma viagem dessas, que demanda tempo e dinheiro, não está, infelizmente, à disposição de todos, pois que sair quinze ou vinte dias de casa, do trabalho, da família, é algo que impõe muitas limitações. Estou para dizer que o tempo dedicado a uma viagem dessas acaba por torná-la mais proibitiva do que o dinheiro a ser investido nela...
Assim
é que a partir dos relatos apresentados pelo amigo “Tchy” lancei o convite para
fazer a mesma viagem em nosso Moto Grupo – Os Filhos da Lenda e o amigo Chico
Bisneto se mostrou bastante interessado. Entre dois já dava para viajar de
forma “mais tranquila”, apesar de muitos relatos nas redes sociais de
motociclistas que fazem esta viagem solo.
E
já tínhamos experiência de viajar juntos, pois em 2023 nos aventuramos com mais
alguns colegas pelo Uruguai, numa ótima experiência.
* A preparação
No
princípio, no primeiro semestre de 2023 nossa preparação foi bastante
superficial: conversas esparsas, assistir alguns vídeos e relatos na Internet,
estabelecimento de datas possíveis e prováveis para a saída, na verdade foi o
período de real amadurecimento da disposição em viajar.
No
início do segundo semestre de 2023 sim, a viagem foi então decidida e o plano
de planejamento foi traçado.
Intensificaram-se
as pesquisas sobre viajantes e seus relatos sobre a viagem que estávamos para
fazer, começamos a preparar a lista de material que precisaríamos, começamos a
estudar mapas rodoviários das regiões que frequentaríamos, passamos a pesquisar
sobre cidades que estariam em nossa rota, seus hotéis, pousadas e campings (a
ideia original era também acampar, sempre que possível, para diminuir um pouco
os custos de viagem e permitir um contato maior com as pessoas e a natureza das
belas regiões que conheceríamos – ideia que depois foi abandonada).
Os
últimos três meses foram, obviamente, os mais intensos na preparação e
planejamento.
Além
de tudo que já havíamos feito, passamos a buscar informações sobre o clima e o
tempo nas regiões que iríamos, começamos a analisar a questão do câmbio (moedas
nacionais que precisaríamos), confecção da documentação obrigatória, como
passaporte, identidade atualizada, documento das motos, seguros obrigatórios
para as motos (na Argentina é Carta Verde, no Chile se chama SOAPEX), seguro
viagem para nós, viajantes, agendamento de revisão para as motos, regularização
dos cartões de crédito, aquisição de materiais e produtos que precisaríamos,
conforme nosso check list, revisão do equipamento pessoal de viagem (luvas,
capacetes, botas, calças e jaquetas), revisão do equipamento tecnológico como
celulares, máquinas fotográficas e filmadoras, teste de bagagem nas motos (item
dos mais importantes, pois em motocicletas o peso tem que ser bem distribuído,
primeiro por uma questão de segurança – não dá para sair “perdendo” bagagem,
ahahahahah, depois, para facilitar o equilíbrio, e por fim, para evitar o desgaste desnecessário do
equipamento em uma motocicleta desequilibrada).
Feito
tudo isso, estávamos prontos para viajar.
Daí
era aguardar a última semana, para o “rescaldo” e, no dia marcado, que precisou
ser alterado duas vezes (daí a importância de um planejamento, pois tal
alteração não interferiu nos planos traçados), partir.
E
assim foi. Às 4:30h do dia 06 de fevereiro saímos em viagem. Mas isso fica para
outro momento, no que seria o capítulo dois desta aventura, ahahahahahah.
Muito bacana, passeio mais que legal,os famosos Filhos da Lenda,me preparando mental e financeiro para quem sabe fazer uma rota assim também, (Parabéns)podem ter certeza não é para qualquer um...
ResponderExcluirShow meu querido. Faz o convite que penso com carinho em ir de novo, ahahahah
ExcluirGrande Breno. Muito bom o texto. Rico em detalhes. Estas viagens sempre são um desafio, especialmente para quem já tem a cabeça no lugar e mede bem os riscos sempre presentes. O engraçado é que quanto mais anos acumulamos, maiores os riscos se parecem e mais difícil sair da zona de conforto e desbravar experiências diferentes.
ResponderExcluirCoragem pra fazer.
Show!
Perfeito, Vidor, resumiu tudo. E a regra tem que ser: tá preparado? Então vai. Tá com medo? Vai com medo mesmo, ahahahahahah
ExcluirMuito bacana a viagem professor. Vou ficar na espera do próximo capítulo desta aventura.
ResponderExcluirUm abraço.
Isso aí João, ainda virão muitas e interessantes histórias. Abraço.
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