Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Pedalada Rural 2017

EcoValeAventuras - Guilherme, Gabriel, eu e Mano, da esq p/ dir

    Participei, com mais três colegas do grupo de ciclismo do Vale Verde - EcoValeAventuras, sexta-feira passada, feriado de Tiradentes, da 1ª Pedalada Rural, evento ciclístico organizado pela Rádio Gazeta - Gazeta Grupo de Comunicações de Santa Cruz do Sul - RS com apoio, dentre outros, de nosso amigo Giovane Faccin.
       Foi uma atividade muito legal. 
   Se havia grande expectativa quanto às chuvas, que poderiam transferir o evento, as mesmas chegaram somente na parte da tarde, fazendo com que o horário de saída fosse respeitado (uma boa notícia em se tratando de Brasil - felizmente as coisas começam a mudar e o respeito aos horários começam a se tornar regra, e não exceção...). Partimos, então, do pórtico da Okctoberfest em direção ao Sítio Sete Águas, no interior de SCS, para uma pedalada que possuía três rotas distintas: iniciantes, com 13,4 km, intermediário, com 19,3 km, e avançado, com 25,3 km. Mais do que as distâncias, o diferencial seria a altimetria do relevo: +218/-323 m, +367/-332 m e +618/-584 m, respectivamente.
Tamar "uminha" que ninguém é de ferro...
       Data a largada, uma pedalada pelo asfalto e, já na estrada de chão, chegou o momento de optar: ou se seguia pelo caminho intermediário ou pelo avançado, com ciclistas se dividindo e partindo em direções distintas.
       Após breve dúvida, nosso grupo optou por seguir o caminho avançado, afinal, um dos lemas de nosso clube de ciclismo é "Se tá ruim, tá bom; se piorar, melhora!" Além disso, sair de Vale Verde até SCS e não pagar para ver a trilha avançada seria até um egoísmo, kkk. E lá fomos, morro acima.
       Depois de muito sobe, consenso que nada de assombroso, e muito mais rápido desce, chegamos no sítio Sete Águas, onde fomos recebidos pelos organizadores, seguimos um breve cerimonial e tivemos um excelente almoço. A carne do churras estava ótima, mas as cucas, ah as cucas, estas estavam perfeitas!!! Sem falar que ao final ainda ganhamos alguns brindes para lembrar de um evento muito bacana, marcado por um pouco de esforço, muitas risadas e novas amizades.
       No caminho de volta a chuva pegou, mas a "escalada da Maratana" não deixou ninguém sentir frio. 
       Professor Giovane, o Fusca 53 até que se comportou direitinho...
      Parabéns aos organizadores, em especial ao nosso amigo Giovane Faccin e ao Alexandre Cruxen que capitanearam o evento tornando-o agradável, seguro e diferenciado.
     

segunda-feira, 17 de abril de 2017

A Ponta do Iceberg - II

              A impressão que se tem é a de que a negociata, o conluio e a safadeza política são instituições que fazem parte, normal e regularmente, de todas as relações políticas do Brasil. Setenta e seis nomes de políticos do primeiro escalão serão investigados. E a gente sabe que nos estados e nos municípios a coisa não é muito diferente...
Resultado de imagem para iceberg da corrupção          O ministro Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal - STF, autorizou a abertura de 76 – setenta e seis! inquéritos solicitados pela Procuradoria-Geral da República - PGR. Serão investigados oito ministros, três governadores, vinte e quatro senadores e trinta e nove deputados federais. A política está desavergonhada.
                E é de se pensar que, por estas investigações se basearem em “confissões” de empresários bandidos, corruptos e quadrilheiros, ainda tem muita coisa que não sabemos, muita podridão escondida sob o tapete, muita safadeza protegida e muito por esclarecer. Fiquemos na expectativa.

                O amigo leitor sabe de quem é a culpa por tudo isso, certo? Ou não? Hein? Hã?

sexta-feira, 7 de abril de 2017

O Vício e a Síndrome de Abstinência...

Resultado de imagem para vicio celularSegundo o Dr. Google, aquele que tudo sabe e que tudo vê, é um conjunto característico de sinais e sintomas que ocorrem após a interrupção (ou, em alguns casos, diminuição) do consumo de uma droga, seja ela um medicamento ou uma droga de abuso. Ainda conforme a fonte, pode causar insônia, tremores, ansiedade, disforia, náusea ou vômitos, inquietação, agitação, aumento da sudorese, aumento da frequência cardíaca e outros sinais de hiperatividade do sistema nervoso autônomo. Quando mais grave, pode evoluir com convulsões e delirium tremens. Ainda, leio que os sintomas, que estão ligados aos danos causados ao cérebro, apresentam-se durante a sobriedade e podem ser descritos como dificuldade de concentração, problemas de memória, reação emocional exagerada ou apatia, distúrbios ou alterações do sono, problemas de coordenação motora e sensibilidade ao stress. A síndrome de abstinência prolongada pode desencadear recaídas com frequência, mas seus sintomas são potencialmente reversíveis. Por fim, observa-se que a instalação de uma síndrome de abstinência tende a ser mais rápida no caso de drogas de meia-vida mais curta. Seu curso tipicamente varia de alguns dias a duas semanas, mas descrevem-se sintomas que podem persistir por meses...
A partir dessas informações, começo a expor ao amigo leitor o meu caso particular, destacando, de pronto, que necessariamente as conclusões a que podemos chegar não se aplicam a outros, pois sabemos que cada caso é um caso e vice-versa, kkk. E que eu sirva de exemplo...
A droga está aí. Eu nunca fui um consumidor contumaz. Sempre fiz uso com moderação, com muito critério pois, além do preço, o estudo e a formação que tenho me permitem criterizar o momento de começar a usar, de parar e até a opção de usar ou não. E muito mais o momento e o lugar onde fazê-lo.
Para mim a síndrome de abstinência durou três dias. Tão somente três dias. Depois, passado o impacto inicial, comecei a redescobrir um mundo que há muito deixara de existir: um mundo de tranquilidade, de respeito, de comprometimento e responsabilidade.
Como a vida pode ser tão boa se conseguirmos nos livrar dessa dependência... Como um dia pode ser tão aproveitável quando estamos livres desse compromisso forçado que eiva nosso tempo e, como reflexo, nossa vida!
Resultado de imagem para vicio celularPois é amigo leitor, infelizmente o que é bom dura pouco e não demora muito terei, com plena certeza, uma recaída. Isso já está determinado. Ainda vou tentar prorrogar essa vida de liberdade o máximo possível, mas sei que não há alternativa: terei que voltar a usar. Muito mais por necessidade do que por vontade própria; muito mais por imposição social e profissional do que por um desejo subjetivo e íntimo de não fazê-lo.
Quem foi que disse que é (im)possível viver sem essa droga extremamente viciante chamada celular? Quem disse que é possível viver sem Watssap? Quem disse que é possível viver sem que necessariamente estejamos conectados o tempo todo, full time?
Hoje faz uma semana que perdi o celular. Uma semana!
Apesar de eu não ser um “rededependente”, passei por três dias de uma interessante síndrome de abstinência, traduzida por reiterados atos involuntários de procurar o telefone naquele lugar em que sempre o guardo, de viver em função de senhas, tomadas e carregadores, de me comunicar com grupos e pessoas pelos simples fatos de estarem ali, a um toque do polegar ou do indicador...
E se foi assim comigo, nessas condições peculiares, eu imagino o que não deve ser para aqueles que realmente estão viciados, inapelavelmente viciados; para aqueles que não suportam viver trinta ou quarenta minutos sem dar uma “tuitada”; para aqueles que não se importam de, em uma solenidade, em uma festa, em uma reunião, em uma palestra, em um velório ou em uma atividade de laser, se expor ao crivo das pessoas presentes e, indisfarçadamente, lançar mão do telefone para dar uma atualizada nas redes sociais; para aqueles que acordam na madrugada para dar uma fumadinha, ops, consultadinha... Deve realmente ser um sofrimento atroz ter que ficar sem a “espiadinha” básica, nem que seja por um segundo; deve ser terrível mesmo! Deve realmente causar todos os sintomas de uma síndrome de abstinência. Todos!

Seria risível, se não fosse trágico. É vício, na acepção ampla da palavra. E é desrespeito e falta de educação também. Ou não? Hein? Hã? O assunto não se esgota.