Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sexta-feira, 1 de março de 2024

O começo de uma Aventura (assim, com letra maiúscula)

Este ano tive umas férias um pouco diferente.

Juntamente com o amigo Chico Bisneto, aqui do Vale Verde, aventurei-me em uma viagem de 16 dias, 7180 km, de motocicleta pela Argentina e pelo Chile, passando pela região do Chaco argentino, subindo a Cordilheira dos Andes, indo ao Deserto de Atacama, atravessando o deserto até o Oceano Pacífico, descendo a costa pacífica do Chile, retornando pela região vitivinícola da Argentina, atravessando o pampa deste país e retornando ao Brasil por Uruguaiana.

                Foi uma das experiências mais marcantes da minha boa e já meio longa vida.

               A partir de hoje começo a dividir com o amigo leitor um pouco do que vi, do que vivi e com o que convivi nesta viagem impressionante, gratificante e regozijante.

                 

* O começo de tudo

               Uma viagem deste porte não se faz de um dia para outro. 

        Não é só subir na moto e sair estrada à fora. É importante e necessário que se faça um planejamento e uma preparação minimamente “organizada” para que se possa viajar com tranquilidade e segurança e para que se possa aproveitar bem a viagem em si, além de se estar preparado para os perrengues que por ventura surjam (e surgirão), minimizando os efeitos dos incômodos quando ocorrerem.

             No ano de 2023 o amigo motociclista Laércio “Tchy” Toillier, também aqui do Vale, fez esta mesma viagem. Com suas histórias e relatos da aventura lançou a sementinha...

          Claro que uma viagem dessas, que demanda tempo e dinheiro, não está, infelizmente, à disposição de todos, pois que sair quinze ou vinte dias de casa, do trabalho, da família, é algo que impõe muitas limitações. Estou para dizer que o tempo dedicado a uma viagem dessas acaba por torná-la mais proibitiva do que o dinheiro a ser investido nela...


                Assim é que a partir dos relatos apresentados pelo amigo “Tchy” lancei o convite para fazer a mesma viagem em nosso Moto Grupo – Os Filhos da Lenda e o amigo Chico Bisneto se mostrou bastante interessado. Entre dois já dava para viajar de forma “mais tranquila”, apesar de muitos relatos nas redes sociais de motociclistas que fazem esta viagem solo.

                E já tínhamos experiência de viajar juntos, pois em 2023 nos aventuramos com mais alguns colegas pelo Uruguai, numa ótima experiência.

                

* A preparação

                No princípio, no primeiro semestre de 2023 nossa preparação foi bastante superficial: conversas esparsas, assistir alguns vídeos e relatos na Internet, estabelecimento de datas possíveis e prováveis para a saída, na verdade foi o período de real amadurecimento da disposição em viajar.

                No início do segundo semestre de 2023 sim, a viagem foi então decidida e o plano de planejamento foi traçado.

                Intensificaram-se as pesquisas sobre viajantes e seus relatos sobre a viagem que estávamos para fazer, começamos a preparar a lista de material que precisaríamos, começamos a estudar mapas rodoviários das regiões que frequentaríamos, passamos a pesquisar sobre cidades que estariam em nossa rota, seus hotéis, pousadas e campings (a ideia original era também acampar, sempre que possível, para diminuir um pouco os custos de viagem e permitir um contato maior com as pessoas e a natureza das belas regiões que conheceríamos – ideia que depois foi abandonada).

                Os últimos três meses foram, obviamente, os mais intensos na preparação e planejamento.

                Além de tudo que já havíamos feito, passamos a buscar informações sobre o clima e o tempo nas regiões que iríamos, começamos a analisar a questão do câmbio (moedas nacionais que precisaríamos), confecção da documentação obrigatória, como passaporte, identidade atualizada, documento das motos, seguros obrigatórios para as motos (na Argentina é Carta Verde, no Chile se chama SOAPEX), seguro viagem para nós, viajantes, agendamento de revisão para as motos, regularização dos cartões de crédito, aquisição de materiais e produtos que precisaríamos, conforme nosso check list, revisão do equipamento pessoal de viagem (luvas, capacetes, botas, calças e jaquetas), revisão do equipamento tecnológico como celulares, máquinas fotográficas e filmadoras, teste de bagagem nas motos (item dos mais importantes, pois em motocicletas o peso tem que ser bem distribuído, primeiro por uma questão de segurança – não dá para sair “perdendo” bagagem, ahahahahah, depois, para facilitar o equilíbrio, e por fim,  para evitar o desgaste desnecessário do equipamento em uma motocicleta desequilibrada).

                Feito tudo isso, estávamos prontos para viajar.

             Daí era aguardar a última semana, para o “rescaldo” e, no dia marcado, que precisou ser alterado duas vezes (daí a importância de um planejamento, pois tal alteração não interferiu nos planos traçados), partir.

                E assim foi. Às 4:30h do dia 06 de fevereiro saímos em viagem. Mas isso fica para outro momento, no que seria o capítulo dois desta aventura, ahahahahahah.



6 comentários:

  1. Muito bacana, passeio mais que legal,os famosos Filhos da Lenda,me preparando mental e financeiro para quem sabe fazer uma rota assim também, (Parabéns)podem ter certeza não é para qualquer um...

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    1. Show meu querido. Faz o convite que penso com carinho em ir de novo, ahahahah

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  2. Grande Breno. Muito bom o texto. Rico em detalhes. Estas viagens sempre são um desafio, especialmente para quem já tem a cabeça no lugar e mede bem os riscos sempre presentes. O engraçado é que quanto mais anos acumulamos, maiores os riscos se parecem e mais difícil sair da zona de conforto e desbravar experiências diferentes.
    Coragem pra fazer.
    Show!

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    1. Perfeito, Vidor, resumiu tudo. E a regra tem que ser: tá preparado? Então vai. Tá com medo? Vai com medo mesmo, ahahahahahah

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  3. Muito bacana a viagem professor. Vou ficar na espera do próximo capítulo desta aventura.
    Um abraço.

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    1. Isso aí João, ainda virão muitas e interessantes histórias. Abraço.

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