Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sábado, 24 de novembro de 2012

Esforço...



Sessenta dias sem praticar esportes.
Não se tem ideia do esforço que é para se buscar um mínimo de forma física...

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Exercício de Democracia

         Amanhã tem eleições nas escolas públicas estaduais. Vamos ver se as comunidades escolares amadureceram, em especial a da minha Escola Curupaiti em Vale Verde.
Escola Curupaiti - Vale Verde - RS

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Hein?



         Estão querendo recriar a ARENA - Aliança Renovadora Nacional. Na qualidade de defensor dos princípios democráticos até respeito esta iniciativa, mas basta dar uma olhada nas propostas que são defendidas por este "novo" partido para ver que a intenção merece nossa desconfiança: criação de um conselho ideológico com "membros permanentes e vitalícios" (e a renovação, como fica? Qual a legitimidade desses membros vitalícios?), abolição dos sistemas de cotas (isso já é assunto mais do que esgotado), renacionalização das empresas estatais (hein?), retorno aos currículos escolares da Moral e Cívica e do latim (?), sem falar em outros argumentos adotados por sua "presidente interina" que historicamente são muito questionáveis!!!
         Será sério isso?

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Troféu Cara-de-pau



          A hipocrisia, a demagogia e a desfaçatez parecem não ter limites. 
         E o pior é que aquelas pessoas que deveriam reagir e condenar comportamentos e práticas tão deploráveis, por acomodação, interesse ou falta de competência acabam por se deixar convencer de que tudo é normal e fruto de bons interesses, perpetuando situações tão constrangedoras.
            Ou será que somente eu e uns poucos nos damos conta de tamanho absurdo?
            Chega a ser indecente o que algumas pessoas são capazes de fazer para se manterem atrelados ao poder.
            Certas pessoas merecem o troféu ao lado... 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Ainda as Eleições...


         Sempre que passa o pleito e os resultados são conhecidos, surge um enorme conjunto de justificativas para a derrota de uns e de explicações para a vitória de outros. Tudo com muita razão, claro, apesar de ser  fácil fazê-lo, pois o resultado, como já disse, já é conhecido. Avaliação é um dos procedimentos que deve ser adotado como regra no cotidiano, e em matéria de eleição não pode ser diferente.

         Feita esta breve análise, é de destacar que temos aí, então, três (de muitos) grandes méritos da democracia: as urnas são soberanas, a renovação sempre é possível e se os eleitos não disserem, de forma satisfatória, ao que vieram, em quatro anos tem eleição, de novo. E ainda tem gente que sonha com a ditadura. Respeito, mas não entendo...



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Soberania Popular



         A urna é soberana.
       Parabéns aos eleitos no dia de ontem, em especial os amigos dos municípios de Vale Verde, General Câmara, Passo do Sobrado, Canoas e Porto Alegre. 
     Muita luz, força e determinação em sua caminhada e que cumpram com honestidade e competência o mandato que lhes foi outorgado, pois se não o fizerem, em quatro anos tem eleição e aí será nossa oportunidade de darmos nosso recado, mostrarmos nossa insatisfação e cobrarmos as devidas responsabilidades.
       A cada eleição mais as urnas estão se tornando seletiva. Mas muita coisa ainda tem que mudar...

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Democracia e Esperança...


         A cada eleição como a de amanhã regozijo o coroamento do processo democrático que a tão duras penas foi garantido e do qual participam muitas viúvas (ainda) da ditadura. Estas, talvez, por obrigação...
Bom ou ruim, bem ou mal, este é o grande mérito da democracia: a possibilidade de a cada quatro anos, escolhermos nossos governantes.
Ainda se oportuniza a eleição de políticos corruptos, incompetentes e que se locupletam com a coisa pública? Sim. Mas esses safados, publicamente conhecidos e apontados, deverão ser definitivamente banidos da vida pública. Ainda temos câmaras subservientes que só sabem dizer sim ao executivo, ou oposições inoperantes ou incompetentes para cumprirem suas funções? Sim, mas o crivo do eleitor está se tornando cada vez mais exigente.  Muitos erros ainda são cometidos nesse processo? Claro, afinal nossa democracia ainda é jovem, muito jovem; mas está amadurecendo. Temos muito ainda o que aprender. 
Então, amigo eleitor, desejo a ti muito sucesso na tua empreitada de amanhã. Que tenhas plena convicção no teu voto e que assumas a responsabilidade por tuas escolhas, afinal é de tua cabeça, de teu coração e do teu dedo que depende o futuro de tua comunidade. Muita luz nessa hora!
E que os eleitos saibam cumprir as funções para as quais foram indicados.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Uma constatação...

         Como as pessoas escrevem errado nas redes sociais. E não é nem o caso do "internetês" ou das novas (nem tão novas assim) regras ortográficas. É erro de ortografia nas palavras usuais, mesmo. Terrível...
E ainda são capazes de rir de uma "porpagana deças"!!!!!

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Eleição & Mensalão...


"Sinto vergonha de mim
Sinto vergonha de mim, por ter sido educador de parte deste povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser, e ter que entregar aos meus filhos 
simples e abominavelmente
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade,
a negligência com a família, célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação com o "eu" a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade" em caminhos eivados de desrespeito.
Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e pela vaidade,
a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar atos criminosos,
a tanta relutância para esquecer a antiga posição de sempre "contestar", 
voltar atrás, mudar o futuro.
Tenho vergonha de mim, pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha importância, da minha falta de garra,
das minhas desilusões e do meu cansaço.
Não tenho para onde ir, pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu hino, 
e jamais usei minha bandeira para enxugar meu suor ou enrolar o meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
Ao lado da vergonha de mim,
tenho tanta pena de ti,
povo brasileiro.
De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude, a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto". 
(Rui Barbosa, poema-discurso no Senado Federal em 1914)

Que tal a atualidade deste poema?

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Lembram do Pedro Bó?

         Repórter da Rede Record entrevistando o medalhista Artur Zanetti:
"_ tu acreditas que esta medalha vai favorecer o esporte olímpico brasileiro?"

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Algumas lições desta Olimpíada



         Estamos diante de uma verdadeira aula de civilidade. Torcedores de equipes rivais, que na verdade são países rivais, nações rivais, Estados rivais, sentados, lado a lado, torcendo, incentivando suas equipes, sem o menor sinal de violência, de rancor, de ódio. Ao final da prova, respeito, cortesia e, então, civilidade. A grande lição? Podemos ser adversários sem sermos inimigos. Podemos ser adversários sem deixarmos de ser amigos!
          Caso interessante: atleta da canoagem foi punido, em uma prova, por um detalhe técnico. Indignado com a penalização, procurou o técnico, seu pai, para encaminhar um recurso. Quem era o(a) árbitro que lhe aplicou a pena? Sua mãe, uma das maiores conhecedoras do esporte. 
         O mundo olímpico é genial...

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Eleição em General Câmara...



         Está pegando fogo o processo eleitoral em General Câmara. Os dois grupos que disputam a majoritária ultimam as ações e preparativos para uma campanha que promete ser intensa. 
         Na coligação capitaneada pelo PHS as disputas iniciadas anteriormente às definições convencionais ainda se fazem presentes e já foram parar no Judiciário.
         Na coligação capitaneada pelo PT fica a expectativa de quanto os dissidentes do PMDB poderão servir de "fiel da balança".
          E ainda existem viúvas da ditadura que questionam a legitimidade de tão rico processo democrático. Para esses só posso dizer: "vão estudar e deixem de falar bobagem..."

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Hein?

         E pensar que tem gente que chega na quinta-feira lamentado que a semana está acabando e que na sexta-feira despede-se do serviço (emprego) até a próxima segunda.
      E da mesma forma há aqueles que trabalham (em emprego) para viver. E aqueles que vivem para trabalhar (em um emprego).
         "Ser ou não ser, eis a questão!".

sexta-feira, 6 de julho de 2012

O Paradoxo da Consulta Popular



         O sistema de Consulta Popular, sucessor do Orçamento Participativo, foi criado objetivando, entre outras coisas, promover uma maior participação das populações na escolha das demandas e necessidades de suas comunidades a serem atendidas pelo poder público estadual.
        Em comunidades pequenas, além das urnas estrategicamente colocadas em repartições públicas, escolas e agências bancárias, existem "urnas volantes", que vão às casas dos eleitores.
         
        Se por um lado essas urnas volantes aumentam os índices de participação das comunidades (e a possibilidade de recebimento de investimentos se amplia), por outro lado, trazem um efeito colateral: a desmobilização da comunidade.
          Atrair verbas e investimentos estaduais para seu município deveria ser de interesse imediato de todo e qualquer cidadão. Esses, deveriam ser os primeiros a se informar sobre as demandas, as necessidades de sua comunidade e as expectativas a serem alcançadas pelo processo de consulta popular. No entanto não é o que se vê. A tônica é termos uma boa parte da população desinteressada na participação efetiva no processo de consulta popular. Além de não participarem dos processos de discussão e seleção das prioridades, muitos nem se quer participam das votações, apesar do chamamento que, sabemos, é intensamente feitos pelos meios de comunicação e pelas lideranças municipais. Apresentam uma variada gama de desculpas estapafúrdias: não têm tempo, têm que trabalhar, não têm como ir votar, etc. Agem como se nada lhes dissesse respeito. Muitos outros só participam do processo por que pessoas da comunidade levam a si urnas para captar seu voto.
         É justamente aí que reside o grande paradoxo dessa consulta popular: se os agentes da participação e consulta popular não levarem a essas pessoas as urnas, elas não votam, diminuindo o índice eleitoral do município e, em consequência, a chance de o mesmo receber investimentos oficiais. Ao mesmo tempo, ao fazer isso, estão contribuindo para a manutenção e ampliação desse estado de acomodação alienante, pois as pessoas sabem que não precisarão ir até as urnas votar, pois alguém fará isso por eles; não precisam discutir e escolher demandas, pois alguém fará isso por eles. Serve, então, este procedimento, como um instrumento de desmobilização das populações. E de incentivo ao desinteresse participativo.
         As pessoas desinteressas em participar ativamente das questões referentes à consulta popular são, via de regra, as mesmas desinteressas em, por exemplo, participar dos conselhos municipais de administração. São as mesmas que não se preocupam em votar em candidatos competentes nas eleições, em acompanhar e fiscalizar a administração municipal, em averiguar respectivas prestações de contas públicas, em fiscalizar a atuação de seus vereadores, em participar das atividades propostas pelas escolas onde estudam seus filhos, etc. É um círculo vicioso de alienação política que, com esta metodologia adotada pelo processo de consulta popular (urnas volantes) só tende a aumentar. Depois, muitos (mas não todos) reclamam de suas políticos, que vivem com seus nomes envolvidos em falcatruas e investigações, que não cumprem com seus papéis políticos a contento, etc. Mas a sua parte de eleitores não fazem...
         O assunto não se esgota. Pense nisso!

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Convite para Pedalada...



         Será dia 29 de julho próximo, final de férias escolares de inverno, com saída de Santo Amaro do Sul, General Câmara, RS, às 7.30h e chegada prevista para as 17h em Bom Retiro do Sul o "Pedal das Barragens". Passaremos também por São Jerônimo, Triunfo e Taquari, numa distância aproximada de 108 km.
         Além das barragens em si, e das cidades pelas quais passaremos, um dos atrativos é a travessia do rio Jacuí por balsa, entre São Jerônimo e Triunfo.
         Fica o convite.
         A logística é por conta de cada ciclista.

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Um pouco de nossa História...

         No início deste mês tive a oportunidade de "fazer um pedal" na região das Missões, aqui no estado do Rio Grande do Sul.
         Durante algumas horas e por mais de sessenta quilômetros percorremos a região missioneira visitando importantes cidades e sítios arqueológicos que traduzem e demonstram um pouco o início da ocupação do território riograndense.
         Foi um grande passeio e uma grande aula de História.
         Fica a sugestão: é visita obrigatória a todo aquele que quer conhecer um pouco da História do Brasil e do povo riograndense.


quinta-feira, 24 de maio de 2012

Hip Hop - Um novo ângulo

         Ocorreu em Santa Cruz do Sul no último final de semana o Primeiro Open Extreme Brasil Hip Hop Dance, encontro internacional de dançarinos de Hip Hop, promovido pela JEF'S Studio de Danças daquela cidade.
         Na qualidade de "pai de bailarina" participei de algumas atividades do evento e pude vislumbrar o enorme potencial deste estilo de dança que, até bem pouco (ou ainda) era visto como estilo artístico de contra-cultura, de protesto, de gueto ou periferia. Nada mais equivocado.
         Estrutura profissional, bailarinos de diversos estados brasileiros e do exterior (EUA, Europa e Ásia), personalidades da música e da dança nacionais, competições individuais e por equipes em um octógono semelhante ao usado no UFC, mostra não-competitiva de excelentes talentos e muitas oficinas de dança.
         Realmente uma nova forma de se ver o HIP HOP.
         Nas fotos, a filha em alguns momentos da festa com a bailarina global Carol Nakamura e com o grupo da mostra competitiva Movimento de Rua de Santa Maria - RS.



      
  

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Será que vamos a algum lugar? Ou CPMI do Cachoeira.


         Sei não. Uma CP(M)I que começa com depoimentos secretos, que é formada por certas figuras da política brasileira que, digamos o mínimo, não são as de passado mais ilibado, e onde uma das empresas envolvidas no processo faz ameaças públicas de execução financeira contra o poder público, começa sob o clima da suspeição e da dúvida. Terá que reverter as expectativas (negativas) e provar (e parecer) honesta à comunidade.
  Muita água ainda vai rolar nesta cachoeira...(dãaaa)
      Por falar em cachoeira, esta placa, de um atrativo turístico no município de Visconde de Mauá, Rio de Janeiro, é muito (muito mesmo) sugestiva:

domingo, 13 de maio de 2012

SERVE DE CONSOLO...

        Ao menos isso!
        Colorado Campeão do Rio Grande.

       
            Que venha o brasileirão...

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Por que o Advogado é chamado de Doutor?


         Esta denominação foi outorgada por lei, e não se confunde com o título de doutor determinado pela LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira (Lei 9394/1996) - aquele que fez um doutorado acadêmico.
O título de Doutor aos advogados foi concedido por D. Pedro, por lei do Império (agosto de 1827) que:
cria dois cursos de Ciências Jurídicas e Sociais; introduz regulamento, estatuto para o curso jurídico; dispõe sobre o título (grau) de doutor para o advogado”.
A referida Lei possui origem legislativa no Alvará Régio editado por D. Maria I, (a Pia - A Louca), de Portugal, que outorgou o tratamento de doutor aos bacharéis em direito e exercício regular da profissão, e no Decreto Imperial (DIM), de 1º de agosto de 1825, pelo Chefe de Governo Dom Pedro Primeiro, e o Decreto 17874A de 09 de agosto de 1827 (os referidos documentos encontram-se microfilmados e disponíveis para pesquisa na encantadora Biblioteca Nacional, localizada na Cinelândia, Av. Rio Branco, Rio de Janeiro/RJ). A legislação imperial constitui a pedra fundamental que criou os cursos jurídicos no país.
O regramento atual da profissão de advogado, a Lei 8.906 de 04 de julho de 1994 – Estatuto da OAB, no seu artigo 87 não dispôs expressamente sobre a referida legislação, não revogando-a tácita ou expressamente. 
A referida legislação Imperial estabelecia que o título de Doutor é destinado aos bacharéis em direito devidamente habilitados nos estatutos futuros. E esta regra continua valendo: basta, tecnicamente, para ostentar o título de Doutor, possuir o título de bacharel em direito e portar a carteira da OAB, nos termos do regulamento em vigor (EOAB).

sexta-feira, 4 de maio de 2012

TPE - Tensão Pré-eleitoral


           E começam a se ampliar as expectativas quanto às próximas eleições.
Candidato que não era, é; que não ia, vai; que não queria, quer; que ia, talvez não vá; que era majoritário vai para a proporcional; que era proporcional vai para a majoritária; coligação que estava pronta, talvez não saia e as pouco prováveis talvez se concretizem... 
       Como diria aquele personagem de Érico Veríssimo: "eh, mundo véio sem porteira..."
      O bom de tudo isso é que podemos observar de forma mais apurada todo o processo que levará à formação das coligações partidárias e ao lançamento das candidaturas. Poderemos saber exatamente quem é quem ou o que no jogo político, quem sustenta sua palavra, quem pode oferecer alguma alternativa ou tem algo para oferecer a nossa comunidade, quem mantém coerência entre o discurso e a prática...
         Essa é a prévia do eleitor.



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Pessimismo, desilusão ou conhecimento de causa?


         Sou descrente em transformações sinificativas na educação brasileira!
A curto prazo, claro, entendendo-se, por isso, oito ou dez anos. E transformações significativas mesmo; quantitativas e qualitativas. A médio/longo prazo, dez a quinze anos, no mínimo, talvez. Talvez! Mas a curto prazo, não. Apesar de que a curto prazo não se faz nada em educação.
Sou descrente porque parto do princípio que qualquer transformação qualitativa em educação passa, a priori, pela mudança da mentalidade do professor e sei que não estamos nos preparando para essas mudanças. Muitos de nós nem as estão querendo. Não o querer por querer, mas o querer efetivo, o querer de lançar mão de todo o esforço para alcançá-la. Não estamos conseguindo superar nossos paradigmas, nossos atrasos e nossos preconceitos.
Existem duas formas de nós professores sermos instrumentos de mudança na educação. Uma é através de nossa experiência, ou melhor, repensando nossa experiência e buscando identificar aquelas características que precisam ser mudadas, revistas ou melhoradas.  Só que somos incompetentes para fazer isso. Estamos nos mostrando incompetentes para fazer isso. Continuamos iguais ao que sempre fomos. Continuamos dando aulas e avaliando, não só como fizemos a vida profissional toda, mas como recebíamos as aulas e como éramos avaliados quando éramos alunos. Apesar das mudanças no mundo, das novas tecnologias, dos novos alunos e seus estímulos diferenciados, continuamos, via de regra, como antes. As poucas mudanças que se observam em nossas práticas, acenam muito pouco para uma transformação realmente significativa na educação de uma forma geral. 
Outra forma de mudança é através do estudo. O estudo de nossas disciplinas de exercício profissional, claro. Mas não só. Muito mais o estudo das teorias e dos teóricos da educação, suas ideias, suas propostas, seus métodos e metodologias. E isso não se faz aos poucos ou em conta-gotas. É estudo em qualidade e quantidade. Volumoso. Metódico.  Cotidiano. Esta é, sem dúvida, a melhor forma de superarmos nossas incompetências. Nossa praxis profissional tem que ser sustentada por teorias educacionais significativas. Mas nós não fazemos isso. Não mesmo. E ainda têm uns que dizem "por que fazer se eu não vou ganhar mais por isso?". Pofissional bom é profissional bom em qualquer condição. E sobre qualquer salário ou vencimento. Que se vá lutar por melhores condições financeiras de trabalho, mas não se use isso como justificativa para a falta de estudo.
Sou descrente em transformações significativas a curto prazo. Prefiro pensar em progresso. E não são sinônimos. 
Sou descrente por que vejo professores fugindo da sala de aula, arrumando subterfúgios para diminuir seu mister que, sei por experiência, é extremamente pesado. Sou descrente por que vejo colegas trabalhando sessenta horas semanais para ter uma vida financeira minimamente digna e sei, também por experiência, que não existe aula de qualidade numa condição dessas.  Sou descrente por que nos vejo como uma classe pouco interessada ou preocupada com as condições físicas, materiais e pedagógicas de nossa escola, como se essa preocupação fosse exclusiva das equipes diretivas que, sabemos, nem sempre dominam todos os elos da corrente gestora da mesma; e quando têm a preocupação não fazem nada, não tomam nenhuma iniciativa para contornar as deficiências existentes. Sou descrente na medida em que vejo que nossa classe profissional não muito ageita à critica ou à cobrança, como se isso fosse uma questão de agressão pessoal e não de busca por melhoras no ambiente escolar, além, claro, de instrumento de qualificação profissional. Sou descrente pois nos vejo como uma categoria profissional que frequenta cursos, busca habilitação, mas que esses nem sempre se mostram significativos, não representando qualificação profissional, muito pelo contrário, pois não raro se ouve expressões do tipo "só estou fazendo isso para ganhar um diploma ou certificado". Aí é brabo. E via de regra é assim: estudam por obrigação; vão à palestras e saem mais cedo, ou não prestam atenção; frequentam cursos mas não conseguem vê-los como instrumento de mudança.
Da mesma forma sou descrente por que vejo as universidades lançando no mercado professores tremendamente despreparados e muitas vezes não só conservadores em termos de mudanças como retrógrados. Alguns até reacionários. Os que eram para ser arautos das mudanças são seus algozes.
Sou descrente, também, por que vejo a mantenedora sem uma proposta material de mudança, desenvolvendo a política do "vamos indo para ver onde se chega", e aí, amigo leitor, é como eu sempre digo, de onde menos se espera que as coisas venham, dali é que não vem nada mesmo. 
Sou descrente quando vejo o governo do estado, tão preocupado com mudanças em educação, dizendo que não vai cumprir a lei que estabelece o piso salarial dos professores. Que legitimidade tem para exigir que os professores cumpram com suas obrigações? Que legitimidade tem para exigir que os professores se empenhem em mudanças realmente significativas?
Sou descrente por um monte de outras coisas...

PS: parece que agora o governo do estado vai pagar aos professores o Piso Salarial Nacional. Vamos ver em que condições....

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Audax Caminhada 25 km - Novos Cabrais

           Participei dia 14 de abril de uma Caminhada Audax de 25 km na cidade de Novos Cabrais, RS. Era uma atividade que fazia parte das comemorações de aniversário da cidade.
Destaque desta caminhada a companhia constante de um persistente chuvisqueiro. Às vezes chuva mesmo.
Não foi a primeira vez que participei de uma caminhada longa, com tempo predeterminado. No entanto a chuva ao mesmo tempo que tornava a caminhada um pouco mais exigente, torvava-a mais atraente, instigante, desafiadora.
Mesmo com relativa experiência em caminhadas sempre há o que aprender e nesta oportunidade não foi diferente.
Sabia que estaria chovendo, até por que a previsão do tempo era acompanhada diariamente na semana anterior à caminhada (o que aqueceu as discussões no nosso grupo de atletas e fez alguns, temerosos do dilúvio que se expeculava que ocorreria, desistirem da empreitada). Isso exigiria, então, um pouco mais de atenção no planejamento.
Meias apropriadas e de ótima qualidade além de um calçado minimamente adequado (e já suficientemente “domado”) seriam indispensáveis. Era o "basicão". No meu caso esses itens fizeram uma boa diferença na chegada (pés quentes, secos e confortáveis). Roupas leves também eram indicadas, apesar de que, nesse caso, 25 km é uma distância relativamente curta. Nada de muito “profissional”, então. Tac-tel, micro-tel, tecidos dry seriam suficientes. E foram. Molharam mas não pesaram. E garantiram a temperatura corporal. A capa de chuva, bem, esse foi um capítulo à parte.
A escolha da capa de chuva dependeria do tipo de chuva que enfrentaríamos: suave, intensa, torrencial, com vento, sem, etc.. Dependia, também, da temperatura ambiente. Optei por uma capinha comprida até as canelas, de “matéria plástica”, daquelas bem “levinhas” que costumo usar quando vou ao Gigante da Beira-rio assistir a super-máquina alvi-rubra (em dia de chuva, claro!). Quase descartável. Para o fim a que se destinava mostrou-se perfeita. Mas, se era impermeável de fora para dentro, também o era de dentro para fora (agora parece óbvio, não?), e aí o suor do esforço de caminhada acabou por me encharcar. Como disse, ao menos me mantive aquecido...
Mas a grande aprendizagem foi com a mochila de alimentação-hidratação ou de hidratação-alimentação.
Eu usava uma mochila do tipo camel-bag, com reservatório de água e uma mangueirinha, para beber água sem parar ou ter que tirar a mochila das costas. Como estava chovendo, objetivando manter a mochila e os lanches no seco pus a capa de chuva por cima da mesma. Aí eu vi que não foi o ideal.
Se beber sem tirar a mochila das costas era possível, comer não era. E aí a coisa complicou...
Quando se caminha a seis quilômetros por hora, durante cinco horas, qualquer parada de dez minutos representa um atraso no planejamento ou o afastamento do pelotão de caminhantes, o que exigirá um bom esforço para alcançá-los (pude comprovar isso quando parei cinco minutos para “aguar as folhagens” e, sem querer correr ou acelerar demais o passo, levei quase dez para me integrar novamente). Já pensou, então, parar, levantar a capa (que não possuía botões) até o pescoço (e se molhar todo), tirar a mochila, pegar o alimento (descascar, desenrolar, abrir), comer e fazer o procedimento inverso? Optei por comer somente na parada planejada (no meio da caminhada, lá pelo quilômetro treze). O problema foi que, com o suor abundante, a energia começou a escassear, a taxa de glicose baixou e somente água não servia de repositor energético. A salvação da lavoura foi um pé de caqui no meio do parque Witeck...Me senti um bugio agarrado naquela árvore. Mas foi o suficiente para chegar ao ponto de parada.
Após a “parada principal”, alimentado e hidratado, tudo correu (caminhou) conforme o planejado, chegando-se ao termo dentro das melhores expectativas.
Foi uma ótima atividade. Diversão, descontração, exercício físico... E como sempre tudo muito bem organizado pelo Senhor Luiz Faccin Caminhante, chefe supremo das forças caminhantes de Santa Cruz do Sul, Vale do Rio Pardo e adjacências.
            Outras impressões conto outra hora.
            A propósito, aí vem os 50, 75 e 100 km!
            Não sei não...não sei não...



sexta-feira, 13 de abril de 2012

Não creio em bruxas, mas...


         Manchete do jornal:
 "Demóstenes vai ao Senado e diz que vai provar sua inocência".
         E vai provar também a existêcia do Coelhinho da Páscoa, do Papai Noel, da Cegonha (entregando bebê), do Saci Pererê, do disco voador...


         E o pior é que não vai faltar quem acredite em suas (impossíveis) explicações...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Páscoa, chocolate e obesidade...


         Estava na fila do supermercado. Ao lado, um expositor de revistas com treze revistas diferentes. Como a espera ia ser longa, comecei a ler as capas das revistas: "Nova dieta do abacate", "Perdeu quinze quilos em uma semana", "abobrinha e beterraba para emagrecer", "perca peso sem esforço", "coma de tudo e não engorde", "vida saudável sem se privar de nada", "emagreça dormindo", "a nova semente do emagrecimento", "o chá milagroso dos Astecas", "tenha o corpo da Miss Brasil em trinta dias", etc. De treze revistas, nove traziam estampadas em suas capas sugestões de como emagrecer ou não engordar. Sem esforço, sem sacrifício, sem privação.
Comecei a me perguntar como é que tem gente que acredita nesse tipo de informação. Como é que tem gente que acredita em milagres ou fórmulas mágicas para perder peso (e para muitas outras coisas)? Como é que tem gente que se submete às mais suspeitas dietas, para buscar uma "forma ideal", seja lá o que isso for?
Como já estava cansado e irritado após trinta minutos de espera, comentei em alto tom: não precisa nada disso! É só fechar a boca e passar a comer que nem gente, e não que nem bicho. Assim não engorda!
Uma senhora que estava à minha frente virou-se e disse  "_é isso mesmo, chega de mentiras, pois isso é só pra vender revista". Ato contínuo devolveu uma revista na prateleira.
         ...
Quem é que não vai se empanturrar de chocolate nos próximos dias? Quem? Os gordos certamente. Os magros também. Os doentes talvez não.
Façamos isso, se empanturrar, então, mas sem peso na consiência, sem vergonha ou sem arrependimento, afinal, temos o livre arbítrio. Ninguém é obrigado a devorar todo chocolate que encontrar.
Só não podemos esquecer que não existe mágica. Nem pó de pirlimpimpim. Que se engane quem quiser, pois a culpa nunca será da balança. Quem não quiser engordar que feche a boca. Bem fechado! Ou então vá comprar aquela revista que traz estampado em sua página "perca peso respirando". Talvez assim o chocolate não contribua com sua obesidade.
         ...
Não existe sucesso sem sacrifício. E Cristo é nosso maior exemplo