Está lá, no livro de ciências do
sétimo ano: estômago é órgão presente no tubo digestório de alguns animais; no
caso do homem, situado logo abaixo do diafragma, mais precisamente entre o
esôfago e o duodeno.
Já,
dentre os adágios populares, a expressão “ter estômago para...”, significa,
grosso modo que, conforme o Dicionário Criativo (encontrado no Dr. Google,
aquele que tudo sabe, aquele que tudo vê), é suportar aquilo que é repulsivo,
aquilo que é repugnante.
Bueno,
a se iniciar mais uma campanha eleitoral, novamente se pode observar que muitas
lições de campanhas anteriores não foram apreendidas. E aí, amigo leitor, haja
estômago.
Na
medida em que se ultimam as coligações para disputar o próximo pleito, em
especial na majoritária, começa-se a observar uma série de alianças que, há
algum tempo, seriam inimagináveis. Mas isso não é o pior, até por que um dos
princípios reinantes na política partidária, em especial aqui no Brasil, é a de
que o adversário de ontem será o aliado de hoje. Quanta falsidade; quanta
hipocrisia!!!!
O
pior é que muitas dessas alianças estão surgindo entre pessoas que até bem
pouco tempo tinham verdadeira inimizade, indisposição e animosidade entre si.
Mas como eu disse, os inimigos de hoje serão os amigos de amanhã. Quanta
falsidade; quanta hipocrisia.
Mas
pode piorar.
Quando
vejo que muitas pessoas que hoje defendem as cores e as pessoas deste ou
daquele partido, deste ou daquele candidato, fazem campanha, falam bem,
elogiam, pedem votos, esquecendo que até bem pouco tempo atrás faziam uma
agressiva, ferrenha e contundente oposição, levando inclusive para o campo da
chacota pessoal e íntima a cerca deste ou daquele candidato ou de suas
características pessoais, aí sim digo que, para se ser politico (ou seria
politiqueiro?), tem que se ter muito estômago, muito estômago!
Onde
está a vergonha na cara? Onde está a
ombridade? Onde está o respeito próprio? Onde está a ética?
É
por esses e outras que muitos perdem votos, Inclusive o meu.
Mas
tem mais.
Será que essas pessoas que antes
ridicularizavam seus atuais companheiros de campanha não sentem vergonha de
sair à rua, de olhar as pessoas inteligentes nos olhos, de sorrirem
desmedidamente como se nada tivesse acontecido?