Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Logo o MinC?



         Nunca me considerei um sujeito burro, medíocre, tosco, atrasado de inteligência, parco de estudos. Claro, também sei que não sou nenhum gênio, afinal, se o fosse, utilizaria minha genialidade para ganhar um pouco mais de dinheiro com um pouco menos de esforço. Se é que isso é possível, kkk. Mas burro, nunca me considerei. Nem quando era mais ignorante.
           No entanto, começo a pensar em começar a mudar minha autodescrição intelectual. Os últimos fatos têm me apresentado mais do que provas de que o senso comum tem mais sabedoria que o senso crítico, contrariando tudo o que até agora se estudou e aprendeu. Quem sou eu então para questionar? Exemplifico.
      No intuito de enxugar a máquina administrativa federal o governo Temer extinguiu vário ministérios, entre ele o MinC – Ministério da Cultura. É óbvio que houve grande reação nas esferas educacionais, intelectuais e artísticas brasileiras. É óbvio!
        E o que isso tem a ver com minha inteligência? No que isso contribui para demonstrar meu alto grau de burrice?
        Além do fato em si, justificando que a cultura não merece uma pasta exclusiva, a explicação do ministro da Educação para o fechamento do MinC constituiu uma verdadeira pérola de uma rara inteligência até então desconhecida ou ignorada: “fechamos o Ministério da Cultura por que, ligado ao Ministério da Educação a cultura receberá mais atenção, maiores investimentos, terá uma administração mais racionalizada, eficiente e produtiva...”. Tenho que ser muito burro, pois como é que não pensei logo nisso?
      A partir do raciocínio do Ministro minha burrice fica ainda mais latente, pois me dou conta de que a solução da maioria dos problemas brasileiros é ululantemente óbvia.
      Todo mundo sabe que um dos maiores problemas que nosso país enfrenta é o de possuir uma educação de péssima qualidade, com baixíssimos índices de aprendizagem, pouca valorização dos profissionais e ínfimos investimentos. A solução para as mazelas da educação é tão óbvia: é só extinguir o Ministério da Educação. Aí teremos uma educação com “mais atenção, maiores investimentos, uma administração mais racionalizada, eficiente e produtiva”. Como nuca pensei nisso? Eu poderia ter sido o salvador do Brasil!
      O Brasil tem sérios problemas de segurança? È só extinguir o Ministério da Segurança. Fecha-se a Polícia e o Judiciário. Simples assim.
       A saúde no Brasil é uma calamidade? É só fechar o Ministério da Saúde. Problema resolvido.
     A economia no Brasil está um caos? Temos inflação, desemprego, a carga tributária mais alta do mundo? Kkk, esta é fácil. Extingue-se o Ministério da Fazenda.
    O futebol brasileiro é um fiasco? O desempenho do país nos esportes olímpicos é pífio? Vamos banir o futebol do Brasil e proibir a prática de qualquer esporte. Logo-logo seremos campeões mundiais e nos tornaremos uma potência olímpica.
     Fico até constrangido de escrever ao amigo leitor, pois diante de tanta obviedade não sei como nunca percebi essas soluções e alternativas. Não sei mesmo. Tenho que ser muto burro. Realmente muito burro.

      Mas vale uma pergunta: com este tipo de Ministro dizendo o que diz, há o que Temer? Hein? Hã?

sexta-feira, 13 de maio de 2016

E a Dilma se foi, de mala e cuia...

         Muitas pessoas se surpreendem quando falo que, na minha humilde visão, ela foi muito mais vítima de sua incompetência para administrar o Brasil do que de crimes de responsabilidade propriamente dito. E se assim o foi, esse processo de impeachment que se apresenta carece de legitimidade. Para mim, foi ilegítimo.
       A Dilma começou a cair quando, logo após assumir seu segundo mandato, passou a adotar medidas que, durante a campanha à reeleição, defendera veementemente que não faria. Ai, naquele momento, a opinião pública começou a se mobilizar contra nossa mandatária. As ruas foram tomadas, as redes sociais trataram de organizar as manifestações e tudo o mais veio ao natural. A popularidade da presidente caiu de forma vertiginosa.
        A Dilma caiu por que não soube enfrentar a crise que se abatera sobre no país, reflexo de uma acrise ainda maior que atingira o mundo de forma geral e que era negada, com relativa frequência, pelos arautos do governo. Era o famoso “tapar o sol com a peneira”.... Inflação, desemprego, desabastecimento, aumento de impostos, de combustíveis, das taxas de luz, tudo isso contribuiu para tornar o quadro ainda pior. Mas tem mais!
        Ainda segundo minha humilde opinião, a presença do ex-presidente Lula junto ao atual governo foi significativo para ampliar a rejeição à Dilma. Ainda mais com o fatídico caso da portaria ministerial, aquela que foi enviada pela Dilma ao Lula para ele usar em caso de necessidade. Até hoje quando se falava em usar papel para o caso de necessidade se tinha em mente um habeas corpus ou papel higiênico. A Dilma ampliou as opções.
      A Dilma caiu por que, em busca da governabilidade, num primeiro momento ficou refém do Congresso Nacional, enquanto possuía cargos a distribuir, e depois, noutro momento, entrando em rota de colisão com alguns figurões do legislativo, não soube contornar resistências e transformou opositores em inimigos. Assim, os conflitos pessoais se sobrepuseram aos funcionais. Eduardo Cunha que o diga. A vingança é um prato que se come frio.

        Resta agora esperar que o Temer consiga reorganizar nosso Estado, adotar medidas de curto prazo para contornar a crise ou acenar com tal possibilidade, promover as mudanças que se fazem necessárias, em especial algumas reformas que há muito entravam nosso desenvolvimento. A miscelânea política em que se transformou o novo ministério aponta para um governo de coalizão. Será que o PMDB tem estrutura moral e disposição política para tal? Quem viver verá! Ou não?

sexta-feira, 6 de maio de 2016

Nada como um dia depois do outro...

         E o Sr. Eduardo Cunha entrou na linha de tiro.
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     Foi afastado liminarmente da presidência da Câmara dos Deputados e do próprio exercício legislativo. Não é pouca coisa. Para que o ministro Teori Zavaski chegasse a esse extremo, e é um extremo, uma exceção, é por que as acusações apresentavam-se com contundente verossimilhança, senão não faria. Mais. Corroborando a expectativa de que os indícios do cometimento de crime pelo senhor Eduardo são muito materiais, a decisão do ministro foi endossada pela unanimidade dos membros do STF – Supremo Tribunal Federal. Isso mesmo. O sr. Cunha levou 11 X 0 no STF e olha que não é fácil obter unanimidade em nosso pretório excelso.
      Agora começa a esperneação: explicações, recursos, justificativas. Parece que ele realmente é inocente. Quem nos garante isso é o coelhinho da Páscoa, a mula sem cabeça, um cobra que usa sapatos, uma galinha que escova os dentes e a cegonha que traz nenês. Parece que a Velhinha de Taubaté também acredita na inocência do facínora.

        Quem viver, verá...