Um dos grandes
males que atinge a infância e a juventude atualmente, no âmbito de nossas
escolas, é caracterizado pela expressão inglesa bullying, que nada mais é do
que a materialização e a repetição da discriminação e do preconceito, seja pela
cor da pessoa, por sua forma física, por sua condição social, etc.
Sou de uma
época em que o negrão era negrão, a gorda era gorda, o feio era feito e o pobre
era pobre, e esses adjetivos nunca eram usados com o intuito de agredir, de
diminuir, de ofender. Não no meio no qual eu vivia, ao menos. E não de forma intencional,
pois é certo que muitos do adjetivados não gostavam disso, hoje eu sei. O
diferencial para hoje é justamente este: a intencionalidade da repetição para
criar o elemento de inferiorização, de ofensa, de agressão.
É muito comum
vermos crianças e jovens praticarem e usarem, reiteradamente, atos e palavras
discriminatórias, como se isso fosse a coisa mais natural do mundo. E a grande verdade é que isso nasce na família, com certeza. Os filhos cultivam
os valores que os pais cultivam...
Só que agora
tais situações, que até pouco tempo eram tratados com relativa “normalidade”,
começam a chegar às delegacias e aos tribunais e filhos e pais começam a ser
responsabilizados por seus atos e palavras, o que, diga-se de passagem, é muito
justo.
Na vida, aprende-se pelo amor e pela dor. Se
nós pais não fizermos nossa parte, alguém terá que fazê-lo. Que seja a Justiça,
então. É como diz o ditado da campanha pública antidrogas: “seja o pai de seu
filho, antes que um traficante o adote”. É a pura verdade. Pense nisso!