Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

domingo, 29 de junho de 2014

Legado da Copa - Parte 1 - Patriotismo



         Botei uma bandeira do Brasil no meu carro. Não posso perder uma oportunidade como esta de ensinar à filha alguns princípios éticos e morais fundamentais como patriotismo, respeito às instituições de direito, responsabilidade social, participação política, etc.

Alguns até pode me perguntar, como me perguntaram, “mas tu não era contra a realização da Copa no Brasil?” Era, com certeza. Mas as coisas não podem e não devem se confundir.
Patriotismo em nada se confunde com ser a favor ou contra o governo, concordar ou não com políticas públicas, planos ou projetos governamentais.
Patriotismo é um sentimento que se desenvolve a partir da identificação emocional, intencional ou não, com um país, com um limite geográfico, aquele em que nascemos, e com a comunidade que ocupa este espaço. E dentro deste conceito, princípios éticos e morais são elementos basilares para o exercício do sentimento patriótico.
Fugindo um pouco da questão conceitual, entendo que ser patriota é conhecer o país em que se vive. É saber, por exemplo, que o Brasil é um país de muitas desigualdades e contrastes e que precisamos nos mobilizar para amenizá-las. Ser patriota é lutar para diminuir a corrupção, o preconceito, o desmando, o analfabetismo e a incompetência de nossos políticos.
Somos patriotas quando sabemos que as políticas governamentais nem sempre objetivam o bem comum e, como apenas essa consciência por si só não basta, adotamos postura e comportamento de quem quer ver isso mudar. Criticar é importante; agir, muito mais. Isso é coerência.
Somos patriotas quando reconhecemos nossas responsabilidades sociais e agimos em conformidade com princípios éticos e morais. Também o somos quando justificamos, a partir dos mesmos princípios, nossas ações na defesa do bem e dos interesses de nossa comunidade.
Somos patriotas quando, chamados a opinar, participar, agir, não omitimos  nossas obrigações sociais e políticas.
É fácil ver que patriotismo não tem muito a ver com futebol e Copa do Mundo. Tem a ver na mesma medida em que o tem com outra atividade esportiva qualquer. O orgulho de ser brasileiro, ao menos para mim, se materializa numa vitória da seleção de futebol da mesma forma e medida que na de vôlei, ou que na vitória de um judoca, de um saltador ou de um atleta olímpico brasileiro.
É o verde e amarelo que nos encandece a patriotismo; é o hino nacional, a bandeira brasileira, a união dos torcedores e o coro em uníssono. É quando nos emocionamos e choramos com isso tudo.
Dos legados da Copa, fiquemos com os mais significativos.