Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2022

Há com o que se preocupar?

          Não é por que tinha Copa do Mundo que nós deixamos de acompanhar as notícias referentes à política e a transição do governo do Messias para o do Molusco, certo amigo leitor?


   Confesso que não sou um grande entendido das relações financeiras que ocorrem em termos de macroeconomia de um país, mas está sendo com bastante receito e dúvidas que vejo a proposta da PEC da Transição de permitir que os valores referentes a alguns auxílios financeiros à populações mais carentes sejam alocados acima do teto de gastos do governo; não que essas populações mais carentes não mereçam, pelo contrário, merecem muito sim.

Mas eu fico pensando: se a gente, cidadão comum, gasta acima de nosso teto financeiro, acima daquilo que temos como previsão financeira ou planejamento orçamentário, nós nos endividamos muito, certo? O mesmo não acontece com os governos? Claro que sim; é o chamado “aumento da dívida pública”. O problema é que, em caso de endividamento do governo, advinha quem vai ter que arcar com a conta? Nós mesmos, os pagadores de impostos.

Um comerciante que gastar mais do que ganha com suas vendas irá, inexoravelmente, à falência. Um país, o Estado, não vai à falência, não pode falir. Então, para se “desendividar” vai ter que meter a mão no bolso dos contribuintes. Anote aí amigo leitor: da morte e dos impostos ninguém escapa. E já vivemos em um país onde a carga tributária é indecente.

O pior é ver que essa PEC vai ser aprovada quase que sem ressalvas. Onde está o bom senso de nossos senadores e deputados? Onde está a oposição? Onde ficam os princípios da administração pública?

Não é por que a democracia está vencendo o reacionarismo e as ameaças a sua integridade que os eleitos podem fazer o que bem entendem e agir de forma inconsequente.

                Ou de repente é a minha ignorância que não deixa ver as coisas pelo ângulo certo e fica procurando cabelo em ovo, perna em cobra e dente em boca de galinha, certo?

quinta-feira, 15 de dezembro de 2022

Está acabando a Copa do Mundo da Polêmica

          A Copa do Mundo começou dominada pela polêmica, visto que muitos especialistas destacaram o elevado (ou seria absurdo?) custo financeiro e humano para a realização da mesma no Catar.

      Analisando-se a questão sob o ângulo financeiro, vejo como extremamente difícil avaliar qual o custo verdadeiro de uma copa do mundo, sejam os valores envolvidos nas candidaturas e nas escolhas dos países, o que nem sempre é muito transparente, sejam os valores gastos ou investidos para criar a estrutura e a infraestrutura necessárias para a realização do certame. Por mais que auditorias sejam feitas, que dados venham à luz, que documentos tornem-se públicos, pode acreditar amigo leitor que o que ficamos sabendo de custos financeiros, gastos e despesas é apenas a ponta do iceberg. Ainda, se nos países democráticos esse controle já é difícil, imagina numa ditadura onde a circulação de informações é bastante restrita.

No campo das relações humanas, as maiores e mais severas críticas ou acusações contra os organizadores, em especial à FIFA, foi de se saber da exploração de trabalhadores e a supressão dos mais básicos direitos trabalhistas daqueles que trabalhavam nas obras da copa, com uso de trabalho idêntico ao trabalho escravo de milhares de pessoas, em especial estrangeiros. Além disso a escolha do Catar pelo órgão máximo do futebol mundial recebeu grandes críticas também, pois este é um país onde “direitos humanos”, assim, entre aspas, é um conceito muito relativo e que se destina principalmente aos homens naturais do país e ricos.

Tem-se então o grande paradoxo da copa: está sendo realizado em um país financeira e economicamente rico, com estruturas físicas modernas que refletem os ares de século XXI, seja lá o que isso significar, mas tem um lado social, cultural e político digno de uma ditadura do século XIX ou XX.

Não é por que se gosta de futebol ou por que se idolatra os jogadores de futebol que devemos deixar de lado a consciência sobre essas questões, certo? Não devemos fechar os olhos para isso!