Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2023

Reinício do Ano Letivo ou O mesmo do mesmo (sempre)

                 Mais um ano letivo se inicia e mais uma vez observa-se as mantenedoras apregoando aos quatro ventos a necessidade urgente de diminuírem-se os índices de reprovação e de evasão e infrequência escolar.

           Todo início de ano letivo é a mesma coisa: representantes do Poder Executivo apregoando tais necessidades, muitos deles apontando o dedo e mirando escolas e professores com olhares obtusos. Daí que fico tentado a perguntar se eles têm noção das dificuldades existentes para tal ou se se quer sabem minimamente as causas de tais fenômenos. Mas só fico tentado, afinal, sou bom de coração e acredito muito na bondade humana (pero más no mucho!) 
                   Esse assunto não se esgota e me é muito caro. Voltaremos!


quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

Agenda para 2023

         Planejamento para 2023:

 - janeiro: reclamar da falta de chuva, do calor, do IPVA e da falta de dinheiro por que gastou tudo nas festas de fim de ano e com os presentes de Natal e então não pode ir para a praia; ou então, reclamar da chuva que caiu na praia e do frio que a acompanhou, de não ter um carro, e dos engarrafamentos e da lotação na praia (onde está gastando o dinheiro que sobrou das festas de fim de ano);

- fevereiro: reclamar que está sem din-din para viajar no carnaval e do IPTU; ou reclamar que gastou muito no carnaval e não sobrou para pagar o IPTU; ou ainda, reclamar que não tem casa própria e vive de aluguel (e que vai atrasar o pagamento, pois gastou o din-din no carnaval);

- março: reclamar que gastou muito dinheiro nas férias e no carnaval; ou reclamar que as férias já passaram, o carnaval já passou e o trabalho já bate à porta; ou ainda, reclamar que não tem trabalho;

- abril: reclamar que não tem dinheiro para os ovos de páscoa e reclamar do IR; ou reclamar que vai gastar dinheiro com o absurdo preço dos ovos de páscoa e com a mordida do leão do IR;

- maio: reclamar que está sendo exaurido no trabalho e que não vai conseguir fazer feriadão, pois as chefias não deixaram alterar o calendário; ou reclamar que não tem trabalho e nem dinheiro para viajar ou gastar no feriadão;

- junho: reclamar que não tem namorado(a) e mais uma vez vai passar o dia doze sozinho; ou reclamar que por que tem namorado (a) não consegue nunca sair para a farra com os (as) parcerias;

- julho: reclamar do frio; ou reclamar que foi pra a serra (que não é serra) e fez calor;

- agosto: reclamar que o mês, sem feriados, não acaba nunca; reclamar da chuva, que parece não parar mais; ou reclamar que o mês “passou voando” e que a falta de chuva vai prejudicar a agricultura;

- setembro: reclamar que com tantos feriados tá sem grana para viajar; ou reclamar que não vai ter feriadão para poder viajar; reclamar dos farroupilhas se não desfilam, se desfilam com pouca gente, ou se desfilam com muita gente e o desfile “não acaba mais”;

- outubro: algumas das mesmas reclamações de setembro, pois também muitos feriados, além de reclamar que já não se é, há muito tempo, mais criança; também reclamar que tem que dar presentes para muitas crianças; ou reclamar que não tem crianças ou por elas não é visitado para poder dar presentes; reclamar quando tem o primeiro turno da eleição ou reclamar quando não tem e que não aguenta mais os políticos que estão aí;

- novembro: reclamar dos ventos de finados, do preço das flores, da saudade dos entes queridos que partiram; ou reclamar que tem que ir ao cemitério e que tem que gastar din-din com flores para os mortos; reclamar quando tem o segundo turno da eleição, e reclamar quando não tem;

- dezembro: reclamar do preço do panetone e da árvores de Natal, reclamar que 2023 passou rápido demais, reclamar que vai ter que gastar din-din com presentes de Natal; ou reclamar que não tem din-din para gastar com panetone, com árvores de Natal ou com presentes de Natal, nem tempo para correr às lojas para compra-los; reclamar que a casa vai estar cheia de gente no fim do ano, ou reclamar que vai ter que ir para a casa de outras pessoas (que vai estar cheia de gentes), ou então reclamar que vai estar sozinho e não tem ninguém para receber em casa ou nem para onde ir... .

         Aí o cara chega lá no último dia do ano e diz: puxa vida, não fiz nada esse ano! Também, passou o ano todo reclamando, ahahahahah