Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Participação Política & Cidadania



Outro dia numa roda de amigos questionei a qualidade de nossos políticos por entender que a maioria é carecedora de preparo, aptidão e até conhecimento e formação para exercer minimamente o cargo para o qual se candidatou.
Colega meu, filho de político, interpelou-me dizendo que se eu penso que os políticos são incompetentes ou que se eu poderia fazer melhor eu deveria me candidatar ao invés de ficar apenas criticando. Sei que muita gente pensa assim e volta e meia usam tal argumento. Mas ele, o argumento, não se aplica ao caso. Defendê-lo é mostrar desconhecimento político.
Todos sabemos que o exercício da cidadania, isto é, a participação política, se faz de duas maneiras: votando ou sendo votado. Não existe alternativa. Quando alguém justifica o voto (a ausência na eleição), por exemplo, está abrindo mão de exercitar sua cidadania através de seu voto que, também sabemos, é um “direito-dever”.
Eu, como a maioria da população brasileira, participo (e bem) politicamente através da primeira maneira; outros, pela segunda. Entendo que não há hierarquia entre os do primeiro grupo, os que votam, e os do segundo, os que são votados.
Assim sendo, se eu participo ativamente do exercício da cidadania, não tem por que eu não poder criticar. Quem não quer ouvir crítica que não entre na política.
Apresentado meu argumento as discussões se acaloraram e muitos foram os argumentos a favor de uma e outra tese.
A meu favor também pesa o fato de que os salários (que não são salários, mas subsídios) dos políticos são pagos por todos nós. Ora, se nós pagamos os políticos, nós podemos (e devemos) criticar. É mais do que justo. É cargo público mantido por nós.
A eleição de políticos incompetentes, safados e corruptos juntamente com muitos outros que são honestos e probos é o ônus da democracia. Faz parte do jogo. E se a eleição daqueles pessoas ocorre é por que o pessoal do primeiro grupo, aquele que vota, não está cumprindo de forma satisfatória a sua função. Então se equiparam  àqueles: são incompetentes, safados e corruptos.

Para esclarecer, em claro e bom tom, prefiro sempre o maior de todos os ônus da democracia ao maior de todos os bônus de uma ditadura. Sempre!

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Revolução Farroupilha, Tradicionalismo e Polêmica



Vinte de Setembro! Sirvam nossas façanhas (quais façanhas?) de modelo a toda terra!
Gauchada de todas as querências reunidas para comemorar, com muito orgulho, a Revolução Farroupilha e as grandes façanhas deste povo que, província diminuta que era, ousou se levantar contra o Império e, durante dez anos, sustentou esta que foi um dos maiores conflitos da história brasileira.
Apesar de ser nossa data máxima, a História do Rio Grande do Sul não é muito conhecida dos gaúchos. Não como deveria ser. E ainda, para tornar o quadro mais complexo, há muito em se fazer em termos de pesquisa, afinal, os quatro séculos da história rio-grandense não se resumem apenas à Revolução sábado comemorada.

Não por acaso quando se fala em Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha muito se confunde história com tradicionalismo e com nativismo que, entendo, são coisas diferentes. Complementares, mas diferentes. E aí, amigo leitor, tem-se a semente da polêmica. 
História do Rio Grande do Sul e tradicionalismo são, neste momento, quase que sinônimo de polêmica.

terça-feira, 9 de setembro de 2014