Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Então, é Natal...

           E fechando novamente o ciclo do tempo, do nosso tempo ao menos, já estamos no Natal.
          Uma constatação é comum a cada final de ano: como o ano passou ligeiro. Todos dizem isto, a todos parece mesmo. É famosa relativização do tempo. Einstein em sua Teoria da Relatividade aborda esta questão, e tem-se um exemplo muito significativo: uma hora de amor, de alegria e de felicidade, parecem cinco minutos; cinco minutos de dor e sofrimento, parece uma hora. Uma noite entregue aos lábios da pessoa amada não parece passar voando? Aqueles vinte minutos de dor de dente não parece uma eternidade? É ou não é assim?
            Não escondo de ninguém que esta mercantilização do Natal, como de outras datas, me deixa muito constrangido, muito consternado. O que era para ser um momento de celebração, de união, de confraternização, acaba sendo ofuscado pelo esforço e louca corrida da busca de presentes e pelo interesse no seu recebimento. É difícil convencer as pessoas de que ganhar ou não presente no Natal, para mim, é indiferente. “Deixa de ser ridículo”, me dizem uns; “é só o que faltava”, me dizem outros; “isso não existe!”, já me disseram. Minha família não aceita; meus amigos não entendem.
            É uma pena que não vou ser patriarca de uma família muito numerosa. Se o fosse, diria para meus filhos, noras/genros, netos, bisnetos e agregados que “se quiserem passar o Natal comigo, tragam comida, tragam bebida, tragam alegria e felicidade. Deixem os presentes para os aniversários”. Seria ótimo. Talvez não. Talvez me submetesse à vontade da maioria para ver a família reunida, alegre e contente. Também não sei, pois penso que quando se é velho podemos nos dar o direito de ter algumas manias ou caprichos. Mesmo que parecessem ranzinisse. Por favor, aqueles que já tiveram o privilégio de envelhecer me digam: como é que funciona isso? Sei que a resposta certa é “isto tu vais ter que descobrir”, mas dêem-me uma luz...
            Da mesma forma, sei que quando se tem crianças em casa a coisa fica mais difícil, pois para estas Papai Noel é sinônimo de presente. Não é muito fácil explicar para uma criança o verdadeiro espírito de Natal. Até por que a maioria das pessoas não faz isso e seria mais difícil ainda explicar por que algumas crianças ganhariam presentes e outras não (apesar do que isso é mais comum do que se imagina, mas por questões econômicas e não ideológicas, morais ou religiosas). Existem presentes melhores do que saúde, paz, união, solidariedade, fraternidade sincera? Mas para crianças o mais importante é uma bola, uma boneca, um carrinho, uma bicicleta... Para muitos adultos também. Quem disse que o mundo é perfeito?
            O que se comemora mesmo no Natal?
            Li, não lembro onde, que numa pesquisa de opinião o nome Papai Noel e a palavra “presente” foram mais associados ao Natal do que Jesus Cristo. Pode até não ser verdade, mas que é verossímil isto é. Façamos uma pesquisa em nossas casas para termos uma idéia. Ou melhor, saiamos à rua e, onde houver alguma coisa, qualquer coisa, ligada ao Natal, procuremos identificar o nome de maior destaque. Com certeza Cristo perde fácil. A mim parece, então, que existe alguma coisa errada. Ou não? É como ir a um aniversário e não dar importância ao aniversariante.
            Mas, pelo sim, pelo não, o Natal está aí.
            Vamos nos reunir com aqueles que gostamos, trocar presentes, reforçar laços e reiterar nossa crença naquele cujos ensinamentos devem pautar a nossa vida: Jesus Cristo.
            Desejo a todos um Feliz Natal e que a paz de Jesus seja nosso presente maior.

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