Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

segunda-feira, 9 de abril de 2018

E agora José?

            Estamos passando por um momento emblemático da História do Brasil.
A revolução dos meios de comunicação tem nos permitido acessar lugares, instituições e momentos que há alguns anos seria impossível.
Resultado de imagem para stf          Quando foi que pensamos que poderíamos assistir, ao vivo e à cores, um julgamento de nosso Pretório Excelso, com todas as nuances de um embate ideológico na interpretação de nossa Carta Magna e sua aplicação a um ex-presidente da república em voltas com sua prisão por corrupção? Quando? Nunca! E aqui já cabem duas perguntas: numa ditadura isso seria possível?  Se por ventura uma ditadura permitisse a existência de um tribunal não alinhado, coisa impossível numa ditadura, claro, mas se, e/ou se o julgamento fosse secreto, teríamos o mesmo resultado obtido na madrugada de quinta-feira? Com certeza as respostas seriam nãããããããão! Mas isso as viúvas carpideiras não se dão conta!
Resultado de imagem para lula preso                Veja bem amigo leitor, o Lula já foi condenado em duas instâncias, cabendo ainda, mais um recurso à sua condenação. O que esteve em julgamento esta semana não era o seu recurso à condenação, mas sim se ele poderia ou não ser preso antes de esgotados todos os recursos referentes a sua condenação. Coisas diferentes! Isso por que a Constituição Federal Brasileira, a Constituição Cidadã de 1988, em seu artigo 5º, inciso LVII (que inciso é esse?), diz que ninguém será considerado culpado até o trânsito em julgado de sentença penal condenatória, e como sabemos, o trânsito em julgado somente se dá quando não existirem mais recursos. No caso do Lula ainda existem! Por seis votos a cinco os ministros-magistrados decidiram que sim, o cumprimento da pena pode se dar antes de o indivíduo ser plenamente condenado. Ainda bem que não é pena de morte...
Resultado de imagem para abaixo a ditadura                Agora, não pensem que a corrupção no Brasil acabou ou vai acabar tão cedo.
                Não nos iludamos. Não posso aceitar que muitas pessoas defendam uma posição que atribui ao PT todas as mazelas políticas brasileiras, esquecendo-se de que foi durante a ditadura que surgiram, ou se desenvolveram e ou se enraizaram as grandes corporações corruptas brasileiras, entendendo-se construtoras, conglomerados industriais e comerciais, bancos, etc.. É de lá, também, muitos dos partidos políticos e dos políticos de outros partidos que não o PT envolvidos nas falcatruas que nos chegam ao conhecimento. E volto a destacar: o grande mérito da democracia é que ficamos sabendo do que está acontecendo e podemos cobrar dos poderes do Estado que as responsabilidades sejam apuradas. Em uma ditadura isso jamais seria possível...
Resultado de imagem para voto consciente                Compreensível a repercussão internacional ao desfecho do caso do Habeas Corpus de Lula. De todas as manchetes internacionais como no New York Times, Le Figarô, Clarin, El País e outros, a que mais se aproximou do sentimento que tenho foi do jornal francês Le Monde, litteris: “Condamné à douze ans et un moi de prison pour corruption, l’icône de la gauche brésilienne a jusqu’à vendredi après midi pour se présenter à la police” (En savoir plus sur http://www.lemonde.fr/#bcBC8JWeIW4LlBCu.99), no bom português, “condenado a doze anos e um mês de prisão por corrupção, o ícone da esquerda brasileira tem até sexta-feira à tarde para se apresentar à polícia”.
Resultado de imagem para algemasEsta é a palavra chave para entendermos a posição de muitas pessoas no presente caso: ícone. Lula era um ícone. Mais! Foi esperança.
Resultado de imagem para prisão de corruptosPor ter frustrado uma absoluta parcela da população brasileira é que muitos, eu, inclusive, torciam para que ele passasse logo a cumprir sua pena, já que foi condenado em duas instâncias. Sem chororô nem mimimi.
O fato de eu ter feito campanha para ele, votado nele e acreditado que poderia ter sido um governante minimamente diferenciado, ou que poderia fazer e diferença, sendo que em muitos aspectos o fez, em nada compromete minha clareza no sentido de que ele foi corrupto, sucumbiu às alianças espúrias em nome de uma duvidável governabilidade e que, portanto, deve pagar, de forma exemplar, pelos crimes que cometeu. Me parece até que o fato de tê-lo apoiado nas eleições me dá mais legitimidade para exigir justiça do que a quem foi contra ele desde o começo. Será que não?
Que ele não seja o último. E que a prisão dele não tire o foco da disposição das instituições policiais e judiciárias em continuar a lutar contra este câncer que é a corrupção.
             Cadeia neles!





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