Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Volta às Aulas




       Estamos ultimando os preparativos para o início do ano letivo nas escolas públicas estaduais e municipais.
Equipes diretivas, professores e funcionários se reúnem para planejar o ano que se inicia, estabelecer metas, organizar critérios de desenvolvimento das propostas encaminhadas pela mantenedora. Depois, por uma questão de obviedade legal e buscando a legitimação de todo processo, o planejamento, as metas e propostas estabelecidas deverão ser submetidas ao crivo do Conselho Escolar, órgão máximo de gestão numa escola.
Por outro lado, também os alunos começam sua caminhada, buscando, ao fim e ao cabo, a aprovação no final do ano. Não uma aprovação pura e simples, calcada no alcance de uma nota, mas uma aprovação baseada numa aprendizagem significativa que represente, em última análise, um crescimento no seu conhecimento e a ampliação de suas habilidades e competências.
Atualmente (há muito tempo) a escola pública está passando por uma crise de identidade. Em especial o ensino médio. Alguns (de muitos) elementos podem ser facilmente identificados.
Considerando os alunos de hoje, pergunto: qual a função da escola hoje em dia? Para que ela serve? Para educar alunos? Para prepara-los para o vestibular? Para prepara-los para o exercício da cidadania (seja lá o que isso signifique)? Para humaniza-los (?)? Para ensinar-lhes valores, hábitos e civilidade? Para passar-lhes a bagagem cultural humana? Para lapidar seu processo de desenvolvimento pessoal e cultural? Para instrumentalizar a habilidade de transformar informação em conhecimento? Para o que mais?
Considerando os pais dos alunos de hoje, eles saberiam para que serve a escola? Saberiam dizer qual o papel dos pais na escola de hoje? O que querem que a escola faça com seus filhos? Estão satisfeitos com a escola, com os professores e com o desempenho escolar de seus filhos? Estão fazendo a sua (importante) parte na materialização da relação ensino-aprendizagem ou estão depositando tudo nas mãos dos professores? São presentes ou ausentes?
Considerando os professores dos alunos dos dias de hoje, onde me incluo, conseguimos responder às questões supra citadas? Satisfazemos os interesses e as necessidades escolares dos alunos e seus pais? Estamos conseguindo apresentar uma nova escola, identificada com os dias atuais ou estamos apenas reproduzindo a escola que tínhamos quando éramos alunos? Embasamos nossa prática com subsídios teóricos atuais? Não vou nem falar em avaliação...
E as equipes diretivas das escolas dos alunos dos dias atuais, deram-se conta que o tempo passou e os paradigmas de gestão são muito diferentes dos de outrora? A propósito, são gestores ou continuam sendo administradores que apenas promoveram um up grade na nomenclatura? Estão coadunados com as novas necessidades dos alunos e seus pais, bem como com a necessidade de desenvolver novas práticas docentes? Tornam a escola um campo de trabalho saudável para o professor? Possuem subsídios teóricos que embasam sua prática?
É, amigo leitor! O ano letivo está começando com tantas perguntas... 

Nenhum comentário:

Postar um comentário