O primeiro dos
militantes não aceita, sob hipótese alguma, a ideia de que seu candidato venha
a ser culpado de alguma das mazelas que ocorreu durante seu governo ou as que
lhes são atribuídas. Para ele, o ômi é inocente e procurou, sempre que
necessário, contribuir para a punição daqueles que, no seu mandato, se
envolveram em falcatruas e corrupção. Para os segundos, é absurda a ideia de
que seu candidato venha a ser culpado de alguma das mazelas que ocorreu durante
seu governo ou as que lhes são atribuídas. Para ele, o ômi é inocente e procura,
sempre que necessário, contribuir para a punição daqueles que, no seu mandato,
se envolvem ou envolveram em falcatruas e corrupção.
Ainda, para o
primeiro, o Poder Judiciário extrapolou sua competência simplesmente para punir
o ômi e atrapalhar seu governo, criando o que se chama de “república do
judiciário”, com a judicialização das questões políticas, tanto que, para
esses, quando o judiciário manda prender um de seus políticos ou simpatizantes,
está fazendo isso à revelia da lei, simplesmente para cometer abuso, e quando
manda soltar um político ou simpatizante do opositor, é por que está
mancomunado com aqueles e o faz por interesses obscuros e mesquinhos; para os
segundos, o Poder Judiciário está extrapolando sua competência simplesmente
para punir o ômi e atrapalhar seu governo, criando o que se chama de “república
do judiciário”, com a judicialização das questões políticas, tanto que, para
eles, quando o judiciário manda prender um de seus políticos ou simpatizantes,
está fazendo isso à revelia da lei, simplesmente para cometer abuso, e quando
manda soltar um político ou simpatizante do opositor, é por que está
mancomunado com aqueles e o faz por interesses obscuros e mesquinhos. Tem mais.
Para os
simpatizantes do Lula os meios de comunicação, as grandes mídias, são
instrumentos do mal que servem para lhe atingir, ofender, depreciar e
prejudicar; para os defensores do Bolsonaro, também; as pesquisas de opinião
não mostram a realidade do poder eleitoral de Lula, diminuindo a sua vantagem
eleitoral sobre seu concorrente ou não retratando a verdade de intenções de
voto do eleitorado brasileiro. E para os simpatizantes do Bolsonaro? Também! O
Lula é uma vítima; o Bolsonaro, também. O Lula é a solução; o Bolsonaro,
também. O Lula é o cara; o Bolsonaro, também.
O Lula é visto
pelos bolsonaristas, como sinônimo de corrupção, negociatas políticas,
falcatrua, roubo e retrocesso; o Bolsonaro é visto agora, e também, pelos
lulistas, como sinônimo de corrupção, negociatas políticas, descaso com o meio
ambiente e a sociedade, preconceito e retrocesso.
Interessante é
que quando se apresenta para os simpatizantes do Lula argumentos que justificam
ou comprovam algumas das acusações feitas pelos bolsonaristas ou pela sociedade,
a justificativa que se recebe é “não foi bem assim”, ou “a justiça não apontou
nada”, ou ainda e muito comum, “mas o caso é diferente”, ou então, “me prova
que isso é verdade e não criação de um judiciário politicamente comprometido ou
uma imprensa imparcial”... Mas quando se apresenta para os simpatizantes do
Bolsonaro argumentos que justificam ou comprovam algumas das acusações feitas
pelos lulistas ou pela sociedade, a justificativa que se recebe é “não é bem
assim”, ou “a justiça ainda não apontou nada”, ou ainda e muito comum, “mas o
caso é diferente”, ou então, “me prova que isso é verdade e não criação de um
judiciário politicamente comprometido ou uma imprensa imparcial”...
No meio dessa
polarização estão os eleitores que infelizmente não têm uma terceira via
plausível ou possível para optar e poder afastar, de uma vez por todas, esse
radicalismo bilateral e retrógrado que nos atinge e só faz mal a nosso amado
Brasil, sil, sil...
O terceiro
grupo de eleitores, aqueles que, por convicção ou interesse não se aliam nem ao
molusco nem ao messias, está em um triste dilema: não votar em nenhum, anulando
seu voto (nunca branco, mas, na falta de opções, nulo) e deixar que os outros
escolham por si, ou escolher entre o ruim e o pior sabendo que nenhum atende às
mínimas necessidades de um governo razoável para nosso país!
A Democracia,
assim, com letra maiúscula, é formada, como tudo na vida, por um ponto de
equilíbrio entre o bônus e o ônus, e quem não aceitar isso está na contramão da
História, daí por que não se pode admitir, em hipótese alguma, pregações
simplificantes como o golpismo intervencionista. Isso nunca!
Nenhum comentário:
Postar um comentário