E está aí mais uma edição de
Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM.
Em
todo Brasil os estudantes se preparam na tentativa de buscar uma vaga nas
principais universidades públicas nacionais ou, quem sabe, até uma bolsa de
estudos que se lhes garanta estudar numa faculdade ou universidade particular.
Vejo
na tv que os cursos preparatórios, os cursinhos, se esmeram
em oferecer alternativas de estudos diferenciados neste momento tão crucial:
encontrões, onde centenas de alunos se reúnem no mesmo espaço para revisar os
conteúdos, encontros show, em que os estudantes, às vezes milhares, são
recebidos para estudar e assistir shows musicais durante longas horas, encontros
chamados “noites dos livros com pijamas”, em que os estudantes passam a noite toda
estudando, literalmente, e revendo as matérias estudadas ao longo do ano. Tudo
muito objetivo. Tudo muito um show com slides, filmes, som, piadas,
musiquinhas. Tudo pensado como uma forma de mobilizar os estudantes.
Agora,
apesar de tudo isso, apesar desses espetáculos todos, uma certeza eu posso
garantir: ainda não inventaram uma forma mais eficiente e eficaz de se passar
num concurso, seja ele ENEM, concursos públicos, seleção escrita para um
emprego, prova da OAB, seleção para mestrado ou doutorado, etc., do que o
tradicional método de se sentar sobre os livros, no sentido figurado, claro, e
“mandar ver”. Ler, memorizar, decorar,
reproduzir, interpretar, relacionar, fazer exercícios, reescrever, tornar a
ler, decorar, interpretar, relacionar, refazer os exercícios, reescrever... E
repetir tudo de novo durante muitas e muitas vezes. É simples assim. É um
método infalível. Infalível mesmo.
Via
de regra, aqueles classificados numa seleção estavam mais bem preparados do que
seus concorrentes. E estar mais preparado significa, grosso modo, ter estudado
mais. Alguns até podem ter tido um pouco de sorte, mas é certo que a sorte
raramente é determinante numa seleção mais exigente. Além do que, é sabido, a
sorte geralmente acompanha os bem preparados.
Outra
questão. Ninguém se prepara para um concurso mais exigente de um dia para
outro. Estudo eficiente e competitivo demanda tempo, dedicação, organização,
resiliência e disposição. Podes crer amigo leitor, que os estudantes que melhor
irão se destacar no ENEM já vêm estudando há bastante tempo ou já tem o estudo
eficiente como processo. Ninguém dá um chute num cupinzeiro e sai sabendo o
conteúdo de uma disciplina o suficiente para passar num concurso de seleção.
Então, desejo sucesso a todos
que se dispuseram a se preparar para o ENEM e pagaram o preço dessa preparação, investimento de tempo, investimento financeiro, abrir mão de festas, baladas,
ficações e pegações, reduzir o lazer ao mínimo, uma vez que a prioridade eram os
livros.
E a esses, que venha a sorte, se precisarem.
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