Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

sexta-feira, 13 de maio de 2016

E a Dilma se foi, de mala e cuia...

         Muitas pessoas se surpreendem quando falo que, na minha humilde visão, ela foi muito mais vítima de sua incompetência para administrar o Brasil do que de crimes de responsabilidade propriamente dito. E se assim o foi, esse processo de impeachment que se apresenta carece de legitimidade. Para mim, foi ilegítimo.
       A Dilma começou a cair quando, logo após assumir seu segundo mandato, passou a adotar medidas que, durante a campanha à reeleição, defendera veementemente que não faria. Ai, naquele momento, a opinião pública começou a se mobilizar contra nossa mandatária. As ruas foram tomadas, as redes sociais trataram de organizar as manifestações e tudo o mais veio ao natural. A popularidade da presidente caiu de forma vertiginosa.
        A Dilma caiu por que não soube enfrentar a crise que se abatera sobre no país, reflexo de uma acrise ainda maior que atingira o mundo de forma geral e que era negada, com relativa frequência, pelos arautos do governo. Era o famoso “tapar o sol com a peneira”.... Inflação, desemprego, desabastecimento, aumento de impostos, de combustíveis, das taxas de luz, tudo isso contribuiu para tornar o quadro ainda pior. Mas tem mais!
        Ainda segundo minha humilde opinião, a presença do ex-presidente Lula junto ao atual governo foi significativo para ampliar a rejeição à Dilma. Ainda mais com o fatídico caso da portaria ministerial, aquela que foi enviada pela Dilma ao Lula para ele usar em caso de necessidade. Até hoje quando se falava em usar papel para o caso de necessidade se tinha em mente um habeas corpus ou papel higiênico. A Dilma ampliou as opções.
      A Dilma caiu por que, em busca da governabilidade, num primeiro momento ficou refém do Congresso Nacional, enquanto possuía cargos a distribuir, e depois, noutro momento, entrando em rota de colisão com alguns figurões do legislativo, não soube contornar resistências e transformou opositores em inimigos. Assim, os conflitos pessoais se sobrepuseram aos funcionais. Eduardo Cunha que o diga. A vingança é um prato que se come frio.

        Resta agora esperar que o Temer consiga reorganizar nosso Estado, adotar medidas de curto prazo para contornar a crise ou acenar com tal possibilidade, promover as mudanças que se fazem necessárias, em especial algumas reformas que há muito entravam nosso desenvolvimento. A miscelânea política em que se transformou o novo ministério aponta para um governo de coalizão. Será que o PMDB tem estrutura moral e disposição política para tal? Quem viver verá! Ou não?

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