Causou
surpresa a assídua concorrência da comunidade às eleições para o Conselho
Tutelar. Em muitas cidades do Rio Grande do Sul a
frequência dos eleitores, visto ser o voto facultativo, superou muito as expectativas.
Ao contrário
do que muita gente pensa, as eleições de domingo passado foram um ato
extremamente político. Não no sentido partidário, claro, mas não menos
político. As candidatas saíram em campanha, foram às ruas, aos eleitores, aos
políticos e seus partidos, às lideranças comunitárias, e, óbvio, aos amigos e
familiares pedir apoio, e isso nenhum pouco está errado, pelo contrário. Desde que as coisas não se confundam, claro,
esta disputa é extremamente saudável. Agora vem o trabalho e em jogo está o
interesse de toda sociedade, independentemente de quem apoiou este ou aquele
candidato ou de quem recebeu este ou aquele apoio.
A mobilização
da comunidade e a participação por inciativa não obrigatória, ao contrário do
que ocorre nas eleições político-partidárias, atribui enorme legitimidade à
ação dos Conselheiros Tutelares eleitos. Na mesma proporção atribui-lhes
responsabilidades, ainda mais numa época como a que estamos vivenciando em que
muitas pessoas parecem ver as crianças e os adolescentes apenas como sujeitos
de direitos e não de deveres, ao menos não na mesma proporção, o que é um
equívoco insofismável a ser superado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário