Alguém já disse...

Os do mal começam a vencer quando os do bem cruzam os braços!

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

Pedalada! Quem não faz?


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O governo federal está sendo acusado de promover “pedaladas” fiscais nas suas contas para omitir perdas, débitos e exageros financeiros, promovendo, ao final, uma “maquiagem” nas finanças públicas, apresentando-as como saudáveis, favoráveis e positivas quando não o são.
          Pedalar, isto é, o movimento de propulsão dos veículos movidos a pedal, é uma coisa saudável. Como ciclista, não gosto de ver meu esporte associado a práticas tão, tão... reprováveis.
Maquiar também é uma coisa saudável.
Há milênios as mulheres se maquiam. A propósito, no meu entender, já que toquei no assunto, parece que se maquiam muito mais para outras mulheres do que para si próprias ou, menos ainda, para os homens. Muitos homens, alguns ao menos, se maquiam também.
Também não é legal usar o verbo maquiar como definidor de “esconder coisas ruins”. apesar de que, diga-se, uma boa maquiagem pode esconder sim, muitas coisas ruins, claro. Parênteses: em termos de disfarçar coisas não muito bonitas, nada supera, no entanto, essas calças femininas moderninhas que andam por aí sejam de lycra, suplex, deorex, tylex ou “tecido atlético-inteligente” também conhecido como “tecido supressor de estrias, celulites, rugas, pelancas, mutretas e outras imperfeições”, seja lá o que tudo isso significar. Mas atenção mulherada, não confundam disfarçar e esconder O brasileiro é, por sua natureza, um “pedalador” de contas. É a história do cobertor curto. Para a maioria de nós o cobertor é sempre curto. O negócio, então, é pedalar. É cartão de crédito, cheque especial, financiamento, CDC, antecipação de restituição e de décimo terceiro, negociação judicial, empréstimo com agiota, calote, etc.. É tanto jogo de cintura que não estranho mesmo, nenhum pouco, que os brasileiros não estejam preocupados com as pedaladas do governo federal. É tudo muito natural e tão corriqueiro que o governo fazer o que nós fazemos todos os dias não representa problema. Não mesmo. Ou será que representa?

terça-feira, 13 de outubro de 2015

Conselhos Tutelares


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Causou surpresa a assídua concorrência da comunidade às eleições para o Conselho Tutelar. Em muitas cidades do Rio Grande do Sul a frequência dos eleitores, visto ser o voto facultativo, superou muito as expectativas.
Ao contrário do que muita gente pensa, as eleições de domingo passado foram um ato extremamente político. Não no sentido partidário, claro, mas não menos político. As candidatas saíram em campanha, foram às ruas, aos eleitores, aos políticos e seus partidos, às lideranças comunitárias, e, óbvio, aos amigos e familiares pedir apoio, e isso nenhum pouco está errado, pelo contrário.  Desde que as coisas não se confundam, claro, esta disputa é extremamente saudável. Agora vem o trabalho e em jogo está o interesse de toda sociedade, independentemente de quem apoiou este ou aquele candidato ou de quem recebeu este ou aquele apoio.
            A mobilização da comunidade e a participação por inciativa não obrigatória, ao contrário do que ocorre nas eleições político-partidárias, atribui enorme legitimidade à ação dos Conselheiros Tutelares eleitos. Na mesma proporção atribui-lhes responsabilidades, ainda mais numa época como a que estamos vivenciando em que muitas pessoas parecem ver as crianças e os adolescentes apenas como sujeitos de direitos e não de deveres, ao menos não na mesma proporção, o que é um equívoco insofismável a ser superado.